Em fevereiro de 1988 foi feita uma reunião entre o Capelão da Casa de Detenção e o coordenador da Comissão de Instituições do Comitê do 12º Passo do então Setor 3 da Zona Norte da cidade de São Paulo SP. Desta reunião resultou uma visita de CCP da antiga CENSAA-SP ao diretor da Casa de Detenção, Dr. José Ismael Pedrosa. Este entendeu que A.A. poderia ser útil para os reeducando oferecendo uma programação da qual os reclusos alcoólicos e não alcoólicos se poderiam beneficiar. Entretanto, a Comissão deveria levar uma carta e conversar com o Juiz Corregedor dos Presídios.
O Dr. Pedrosa pediu ao Capelão que levasse os três AAs que compareceram a conhecer o Centro de Detenção e ver o pavilhão onde seriam realizadas as reuniões. Impressionados, aqueles AAs nunca tinham entrado em um presídio daquele tamanho e viam-se agora no interior do maior presídio da América Latina, com ruas, campos de futebol e futsal, uma cozinha com panelas de dois metros de diâmetro, sete pavilhões e mais de 7.200 reclusos. Fantástico – o tamanho do complexo e o carinho com que os AAs foram recebidos. Ali, a mente desses companheiros se abriu ainda mais e perceberam como “Deus se utiliza de meios misteriosos para cumprir Suas maravilhas”. Após essa visita começou a ser elaborado um cadastro para ir aos presídios. Com muita dificuldade, depois de três meses havia uma lista com nove voluntários. Em setembro daquele ano – 1988, o Dr. Pedrosa entrou em contato e comunicou que A.A. havia recebido autorização para iniciar reuniões na Casa. A primeira reunião foi realizada no Pavilhão 7, no dia 21 de setembro de 1988, à qual compareceram quatro companheiros, “vestindo paletó, calça que não fosse da cor bege e portando RG”.
Fonte: CIC Área 32.
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