Box 4-5-9, Natal/ 1992 (pág. 11)
Título original: “Para algunos alcohólicos, los medicamentos son necessários”
“Os AAs bem intencionados que aconselham os novos membros a deixar de tomar medicamentos receitados por médicos podem estar brincando com fogo”, diz Melody T., antiga coordenadora do Comitê de Instituições de Tratamento do Intergrupo de Cincinnati, Ohio.
O problema surgiu, de acordo come ela, “com os alcoólicos que estão nos departamentos de ‘Diagnóstico Duplo’nas instituições de tratamento onde trabalhamos.
Alguns de nossos membros de A.A. sabem muito bem que o mau uso de medicamentos pode destruir a sobriedade; ao mesmo tempo, é possível que não percebam que em situações clínicas graves que abrangem desde alergias, epilepsia, e problemas no coração até a depressão patológica, a medicação prescrita normalmente é uma necessidade”.
Então, o que fazer? Melody diz: “Todos nossos coordenadores tem acesso ao folheto ‘O Membro de A.A. –Medicamentos e outras Drogas’– Junaab, código 214, R$ 4,20 – onde se discute detalhadamente o assunto. Também deixa bem claro que a sobriedade por si só não capacita os membros a fazerem o papel de médico.
Também oferecemos este folheto aos administradores e ao pessoal das instituições”. Felizmente, em benefício de uma comunicação e compreensão mais clara, “muitos dos coordenadores de A.A. nos departamentos de Diagnóstico Duplo onde trabalhamos, estão, eles mesmos, diagnosticados duplamente, como alcoólicos que também sofrem de algum tipo de doença mental.
De fato, um deles, que previamente tinha sido diagnosticado com ‘insanidade criminosa’ celebrou em setembro oito anos de sobriedade. Estas pessoas estão muito conscientes de que é melhor deixar a prática da psiquiatria para aqueles que estão habilitados a fazê-lo. Portanto, as discussões nas nossas reuniões limitam-se aos temas relacionados com A.A., ao que devemos compartilhar entre nós: nossa experiência, força e esperança na recuperação”.