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Mês das Tradições e da Gratidão (1/2)

(*): A história a seguir é a transcrição ipsi litteris de um documento do acervo dos Arquivos Históricos da Junaab redigido por Luiz M., membro do Grupo Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro e idealizador da tradicional sacola utilizada em inúmeros Grupos de A.A. no Brasil para recolher as contribuições voluntárias dos seus membros.

Quando ingressei em A.A., em 1953, o Grupo Central do Brasil fazia suas reuniões no escritório de um companheiro e, pouco mais adiante, no escritório de um amigo no mesmo prédio. (Lembro aqui a saudosa figura de nosso grande amigo, Dr. Henrique L. Mallmann). Não tínhamos, pois, despesa de aluguel. Na verdade, nossa despesa se resumia na leitura das poucas literaturas existentes, no aluguel da Caixa Postal 5218 e com a resposta das cartas recebidas de todo o Brasil.

A manutenção dessas despesas era feita por alguns companheiros em coleta particular fora das reuniões. Influía nessa decisão o conceito – muito acendrado na época – de que A.A. deveria permanecer pobre. Concorreu muito para isso, também, a decisão anteriormente tomada, de confiar o “tesouro” de A.A. aos cuidados do marido de uma companheira norte-americana – ele, Almirante daquele país, em missão no Brasil – missão por ele honrosamente aceita e que redundou, com a recaída de um companheiro que, embriagado, foi à sua porta cobrar a devolução das contribuições que havia feito; o resultado foi a decisão dos demais companheiros em doar, a um hospital para alcoólicos, todo aquele dinheirão e não mais se falar nisso em A.A.

Quando fui convidado para secretário do Grupo Central do Brasil, em 1955, havia tomado conhecimento de que, nos EUA, para fazer face às despesas, no fim das reuniões “corria o chapéu”. Como eu considerava errada nossa manutenção por alguns companheiros e como nossas despesas haviam crescido muito com a tradução e impressão de mais de 20 literaturas e um Boletim de Notícias que eram, todos, distribuídos gratuitamente, sentindo a necessidade de mais numerário e ciente de que no Brasil ninguém usava chapéu, depois de consultar outros companheiros, pendurei na parede da sala de nossas reuniões a primeira sacola. Dessa forma, com a contribuição anônima dos nossos companheiros, conseguimos os recursos suficientes para todas as nossas despesas, incluindo o fornecimento gratuito, aos demais Grupos, de fichas, literaturas e Boletim de Notícias.

Não podendo aplicar no Brasil o estilo norte-americano (onde o alcoólico, por mais baixo que tenha descido, tem sempre seu seguro desemprego e seu seguro social; esse povo tem muito espírito clubístico e associativo, tudo muito diferente do nosso País), achamos, mais uma vez, um “jeitinho” bem brasileiro para o nosso minguado problema financeiro. (Fim da transcrição).

Para saber mais: Leia o artigo de Bill W.“A Respeito do Dinheiro”, escrito em novembro de1957e transcrito a partir da página 257 do livro “A Linguagem do Coração”– Junaab, código 104.

Veja também: A Origem do Mês da Gratidão

CAHist – Comitê de Arquivos Históricos da Junaab